quarta-feira, 7 de agosto de 2019

Brasil ganha mais três medalhas no atletismo do Pan de Lima

Andressa de Morais e Fernanda Borges foram prata e bronze no lançamento do disco, e Altobeli Silva foi o vice-campeão dos 5.000 m, na abertura das competições no Estádio de La Videna. Andressa bateu o recorde sul-americano da prova, com 65,98 m

Lima - O Brasil ganhou três medalhas (duas de prata e uma de bronze) no primeiro dia de competições das provas de pista e campo de atletismo dos Jogos Pan-Americanos de Lima, no Peru, disputadas nesta terça-feira (6/8), no Estádio de La Videna. A equipe já havia ganhado prata e bronze com Caio Bonfim e Erica de Sena, respectivamente, nos 20 km marcha atlética.

A paraibana Andressa Oliveira de Moraes (Pinheiros) e a gaúcha Fernanda Borges (IEMA) ficaram com as medalhas de prata e de bronze no lançamento do disco. Andressa liderou a prova, com 65,98 m, novo recorde sul-americano e o quinto melhor resultado do Ranking Mundial de 2019. O anterior era dela mesmo, com 65,34 m, obtido em Leiria, em Portugal, em 26 de junho.

No último lançamento, porém, a cubana Yaimé Perez, líder do Ranking Mundial (69,39 m), conseguiu 66,58 m, novo recorde dos Jogos Pan-Americanos. Fernanda ficou com o bronze, com 62,23 m. As brasileiras superaram a cubana Denia Caballero, segunda do Ranking e quarta colocada em Lima, com 60,46 m.

Perder o ouro que esteve tão próximo faz parte do esporte, segundo Andressa. "Consegui o melhor resultado da minha vida, mas a minha grande alegria é a medalha. Dava até para melhorar, mas não deu", comentou Andressa, demonstrando sincera felicidade. "Agora é focar no Mundial de Doha, o principal evento da temporada. Meu objetivo é sem fim."

Já Fernanda disse que estava nervosa na prova. "Sabia que seria muito difícil e com o frio a situação se complicou mais. A prova é longa e é difícil manter o aquecimento o tempo todo", comentou. "Esta medalha é muito especial."

A outra medalha de prata foi obtida pelo paulista Altobeli Santos da Silva (Pinheiros) nos 5.000 m. Ele fez uma prova estratégica, passando as primeiras voltas nas últimas colocações. No final, com a escapada do peruano José Luís Borges antes da hora, a prova ganhou novas oportunidades.

"Ele surpreendeu todo o mundo ao sair quando faltando 600 m e fez com que todos mudassem a forma de correr. Tudo foi resolvido na última volta. Estou acostumado e estou feliz com a prata", disse Altobeli. "Agora, tenho os 3.000 m com obstáculos no sábado e acho que posso fazer um melhor resultado."

Ederson Vilela Pereira (Pinheiros), que correu entre os primeiros no início da prova, acabou em sétimo lugar, com 13:58.72. O campeão foi o mexicano Fernando Martinez, com 13:53.87, seguido de Altobeli, com 13:54.42, e do chileno Carlos Díaz, com 13:54.43.

Na primeira final do dia, a dos 10.000 m feminino, a mineira Tatiele Roberta de Carvalho (Pinheiros) ficou em nono lugar, com 33:57.62. O pódio foi formado pela canadense Natasha Wodak, com 31:55.19, novo recorde pan-americano. A mexicana Gesabwa Biyaki terminou em segundo, com 31:59.00, seguida da canadense Lorraine Cliff, com 32:13.34.

No salto em distância, Eliane Martins (Pinheiros) terminou em 10º lugar, com 6,19 m (0.1). O pódio foi formado por Chantel Malone (IVB), com 6,68 m (-0.3), seguida da Keturah Orji (USA), com 6,66 m (0.4) e de Tissanna Patric Hickling (JAM), com 6,59 m (0.4).

Na briga pelo pódio

Nas semifinais dos 100 m masculino, os brasileiros venceram as suas séries e passaram para a final desta quarta-feira (7/8) com os dois melhores tempos entre os oito classificados. Rodrigo Nascimento (Orcampi Unimed) ganhou a sua prova, com 10.27 (0.3), superando o norte-americano Mike Rodgers, segundo colocado com 10.29.

Na terceira série, Paulo André Camilo de Oliveira (Pinheiros) foi o vencedor, com 10.29 (-0.3), superando na chegada o jamaicano Ray Dwyer Rasheed, com 10.32.

O frio de 14 graus foi o vilão dos velocistas. "Gostei muito da prova, mas não do tempo. O primeiro passo foi dado ao passar à final. Agora é entrar concentrado na final e tentar fazer o melhor possível", disse o catarinense Rodrigo.

Paulo André também comemorou a classificação dos dois brasileiros entre os oito finalistas, prova que será disputada a partir das 18:52 desta quarta-feira. "Espero correr melhor na final e vou torcer por uma dobradinha brasileira. Acho que a nossa classificação é histórica. Não posso reclamar do frio porque está frio para todo mundo. É difícil manter o aquecimento e aí o rendimento não é o ideal."

Nas semifinais dos 100 m feminino, Vitória Rosa (Pinheiros) terminou em segundo lugar, na segunda série, com 11.40 (-0.4), passando para a final desta quarta-feira (7/8) a partir das 18:40. "Estou feliz porque o objetivo era me classificar para a final. Agora, é entrar confiante para tentar uma medalha", disse na área mista. "Foi bom correr ao lado da campeã olímpica", lembrou, referindo-se à jamaicana Elaine Thompson, vencedora da série com 11.36.

Já Franciela Krasucki (Pinheiros) terminou em quinto lugar na primeira série, com 11.89 (0.3), ficando fora da final. "Fiquei triste porque a atleta de Trinidad mexeu no bloco e não foi punida. Acabou me atrapalhando e aí pensa em tudo o que fez para chegar aqui e não entende", comentou referindo-se a Michelle Hazzard.

Nos 400 m com barreiras, Alison Brendom dos Santos (Pinheiros) também passou com folga para a final de quinta-feira, a partir das 20:15. Ele terminou a sua série em segundo lugar, com bastante segurança, com o tempo de 49.74. O vencedor da prova foi o dominicano Juander Sanders, com 49.44. "Fiz uma prova conservadora e corri pela classificação. Na final, temos de dar tudo em busca de uma medalha", lembrou o atleta de apenas 19 anos, que tem 48.49 como melhor resultado, e correu com o nome "Alves" no número de peito em homenagem a mãe Sueli.

"Fiz três picos de treinamento este ano e a temporada está sendo surpreendente. Converso muito com o Felipe (o treinador Felipe de Siqueira)", disse lembrando de seu treinador.

A Caixa é a Patrocinadora Oficial do Atletismo Brasileiro.

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