quarta-feira, 9 de outubro de 2019

9 de outubro, Dia do Atletismo, o esporte-base

A data foi criada para homenagear o esporte - sua prática corresponde aos movimentos naturais do ser humano - que teve sua primeira edição olímpica registrada em 776 AC

Bragança Paulista - Bragança Paulista - No dia 9 de outubro é comemorado o Dia do Atletismo, homenagem ao esporte considerado como o esporte-base - sua prática corresponde aos movimentos naturais do ser humano. O atletismo tornou-se a mais importante das modalidades olímpicas e ganhou na atualidade um dia para ser exaltado.

A origem do atletismo está na história da vida humana no planeta. O homem já corria, saltava e lançava objetos na luta pela sobrevivência antes de criar artefatos como as flechas, de nadar ou montar a cavalo. As competições nasceram das habilidades desenvolvidas pelos homens há milhares de anos.

A própria campanha lançada pela CBAt no início de 2019, com a apresentação de nova logomarca e do plano de reposicionamento da entidade no mercado, leva a assinatura "Porque Todo Brasileiro Vive o Atletismo". Retoma os conceitos da criação do esporte-base a das habilidades usadas no cotidiano do ser humano, dos cidadãos brasileiros, até os dias de hoje.

Nos Jogos Olímpicos da Antiguidade uma única prova era disputada: uma corrida de aproximadamente 200 metros, que os gregos chamavam de stadium. Na primeira edição olímpica registrada, em 776 AC, o campeão foi Koroebus, da cidade grega da Élida. Apenas a partir da quinta edição dos Jogos Antigos é que foram acrescentadas outras disputas, também do Atletismo, como os lançamentos do disco e do dardo, além do salto em distância. O Pentatlo entrou depois no programa olímpico.

O atletismo, como o conhecemos hoje, teve seu formato definido na primeira metade do século XIX, na Inglaterra. O primeiro campeão dos Jogos da Era Moderna, em Atenas-1896, foi o norte-americano James Connoly, no salto triplo. A prova que já deu ao Brasil seis medalhas olímpicas, com Adhemar Ferreira da Silva, Nelson Prudêncio e João Carlos de Oliveira.

O Brasil tem vários outros medalhistas olímpicos como Joaquim Cruz, nos 800 m, Maurren Maggi, no salto em distância, Thiago Braz, no salto com vara, Vanderlei Cordeiro de Lima, na maratona, Robson Caetano da Silva, nos 200 m, e com os revezamentos 4x100 m masculino e feminino.

O esporte é conduzido pela Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), que organiza os campeonatos nacionais de todas as categorias, dá apoio a campeonatos regionais, forma as seleções brasileiras nas competições internacionais, promove cursos, campings e clínicas para as várias especialidades atléticas e faz os planos de preparação para os grandes eventos como Olimpíadas, Mundiais e Pan-Americanos.

Mensagem

"Temos de enaltecer os treinadores, atletas, profissionais integrantes de comissões multidisciplinares, árbitros, clubes e federações por terem escolhido o atletismo.
Fizemos duas campanhas muito boas na temporada de 2019, nos Jogos Pan-Americanos de Lima, Peru e no Mundial de Doha, Qatar, motivo para enaltecer e comemorar. Mostramos evolução e que estamos no caminho certo para os Jogos de Tóquio-2020.

As seleções, a formação e o desenvolvimento de profissionais e atletas e todos os programas só são possíveis graças à Caixa, Patrocinadora Oficial do Atletismo Brasileiro desde 2001, a quem agradecemos especialmente neste Dia do Atletismo. Contamos ainda com a importante parceria com a Nike e a relevante presença e parceria com o Comitê Olímpico Brasileiro (COB).

Igualmente, não podemos esquecer nossas parcerias com o Comitê Brasileiro de Clubes (CBC) e, mais recentemente, com a Pista e Campo, Sabor da Terra e Solst.

A CBAt também conta com executivos, funcionários e profissionais contratados que fazem o atletismo seguir no rumo certo, em busca de novos saltos de qualidade, e também pertencem a esta nossa comunidade.

Parabéns a todos neste Dia do Atletismo!"

Warlindo Carneiro da Silva Filho,
Presidente do Conselho de Administração da CBAt

Solidariedade da comunidade atlética a Fernando Oliveira

O coordenador do CRIA Lavras sofreu um AVC e está internado na UTI da Santa Casa da cidade mineira. A CBAt pede orações e pensamento positivo para o professor e sua família

Bragança Paulista - O professor Fernando Oliveira, coordenador do projeto Cria Lavras - Centro Regional de Iniciação ao Atletismo - sofreu um AVC muito forte, em casa, no domingo (6/10), por volta das 15 horas, e está internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Santa Casa de Misericórdia de Lavras (MG).

O quadro é grave segundo informou a família. E informação dos neurologistas do hospital indicam que o foco no momento é manter os sinais vitais de Fernando Oliveira. Uma nova tomografia poderá ser realizada seguir avaliando a dimensão do AVC e uma cirurgia está descartada no momento, devido a hemorragia no cérebro.

"Em meu nome e da CBAt fica o lamento pelo ocorrido e a solicitação para que a comunidade atlética faça e mantenha uma corrente de orações e pensamento positivo para Fernando Oliveira e sua família", afirmou o presidente do Conselho de Administração da CBAt, Warlindo Carneiro da Silva Filho. Em contato com a família, a CBAt desejou o pronto restabelecimento de Fernando Oliveira.

O CRIA Lavras foi condecorado em 2018 com o Prêmio do Esporte Mineiro como "Projeto Transformador", concedido pelo Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Esportes (Seesp).

A Caixa é a Patrocinadora Oficial do Atletismo Brasileiro.

segunda-feira, 7 de outubro de 2019

Boa campanha no Mundial de Doha anima equipe para Tóquio-2020

Brasil soma 25 pontos no Catar e só fica atrás da classificação obtida no Mundial de Sevilha-1999, quando a equipe totalizou 26 pontos, na história das 16 competições realizadas desde Helsinque-1983. Os resultados de Darlan Romani e do revezamento 4x100 m foram os principais destaques

Doha, Catar - Os integrantes da Seleção Brasileira que participaram do Campeonato Mundial de Atletismo de Doha, encerrado neste domingo (6/10), no Estádio Internacional Khalifa, consideraram muito boa a campanha da equipe na competição - a segunda melhor da história por pontos. "Faltou apenas uma medalha para ser brilhante", disse o presidente do Conselho de Administração da Confederação Brasileira de Atletismo, Warlindo Carneiro da Silva Filho.

"De fato tivemos resultados excepcionais e batemos na trave. Mostramos evolução e que estamos no caminho certo para os Jogos de Tóquio-2020", disse o presidente. "O Darlan Romani, o revezamento masculino e a Erica de Sena fizeram excelentes provas, o Thiago Braz voltou a saltar bem, apresentamos ao mundo o Alison dos Santos e o 4x100 m feminino foi infeliz, cometeu um meio erro e acabou desqualificado", acrescentou.

Eleito Coordenador Técnico e de Competições da Associação Pan-Americana de Atletismo (APA), Warlindo lembrou que João Paulo Alves da Cunha e Anderson Rosa, da diretoria técnica da CBAt, se reuniram em Doha com Carlos Alberto Cavalheiro, que cuida do atletismo no Comitê Olímpico do Brasil (COB) já traçando as ações de 2020 para os Jogos de Tóquio. "Vamos entrar na fase decisiva do ciclo olímpico, que teve dois Mundiais, competições em que o importante é fazer resultado. Na Olimpíada, o que vale é a medalha", observou.

O presidente aproveitou para mandar um recado para a delegação. "Parabenizo e agradeço a todos os treinadores e atletas e ao departamento médico, porque ninguém saiu lesionado da competição e isso é muito bom. E é sempre bom lembrar que tudo só foi possível graças ao apoio que temos da Caixa e do COB."

Segunda melhor campanha por pontos - O treinador-chefe do Brasil, João Paulo Alves da Cunha, concorda com Warlindo e dá como exemplo o fato de a equipe ter somado 25 pontos na competição. Com isso, a campanha de Doha só perde para a do Mundial de Sevilha-1999, quando a equipe acumulou 26 pontos. Até o início da última etapa, neste domingo, o Brasil ocupava o 14º lugar entre os 62 países que pontuaram.

"Não veio a medalha, mas nossa participação foi excelente. Mostramos que temos atletas com chances reais de brigar por medalha em Tóquio e de ir para a final. Mostramos foco na evolução dos atletas", comentou João Paulo.

O treinador diz que o planejamento para os Jogos de Tóquio está bem encaminhado. "A preparação se inicia em janeiro e fevereiro, com treinamento e competições indoor. Em março e maio, os campings de treinamento e competição, principalmente nos Estados Unidos, algumas provas específicas em outros locais, como maratona e marcha atlética, em altitude. E finalmente em junho e julho, praticamente com a equipe olímpica definida serão realizados campings de treinamento e competição na Europa, de onde já embarcamos para Saitama, no Japão", explicou João Paulo.

O Brasil fez seis finalistas entre os oito melhores em Doha

4º - Erica de Sena - 20 km de marcha atlética
4º - Darlan Romani - arremesso do peso
4º - Revezamento 4x100 m masculino (com recorde sul-americano)
5º - Thiago Braz - salto com vara
6º - Fernanda Borges - lançamento do disco
7º - Alisson Santos - 400 m com barreiras (com recorde sul-americano sub-20)
8º - Revezamento 4x400 m misto

Dois finalistas (provas de campo) entre os 12 melhores
10º - Augusto Dutra - salto com vara
12º - Almir Cunha - salto triplo

Quase medalha - A prova do arremesso do peso masculina foi a mais forte da história dos Mundiais. Um exemplo disso é com os 22,53 m obtido por Darlan Romani no sábado (5/10) ele seria campeão em todas as 15 edições anteriores da competição. Em Doha, porém, acabou em quarto lugar, atrás dos norte-americanos Joe Kovacs, com 22,91 m (recorde do torneio) e de Ryan Crouser, com 22,90 m (recorde pessoal) e do neozelandês Tomas Walsh, também com 22,90 m (recorde da Oceania).

No revezamento masculino 4x100 m, os brasileiros Rodrigo Nascimento, Vitor Hugo dos Santos, Derick de Souza e Paulo André Camilo de Oliveira fizeram a lição de casa. Quebraram no sábado o recorde sul-americano que durava 19 anos - desde a Olimpíada de Sydney-2000 -, com 37.72. Qualificado para a Olimpíada de Tóquio, acabou em quarto lugar, sendo superado por três equipes fantásticas.

Os Estados Unidos conseguiram a melhor marca da temporada, com 37.10, seguidos da Grã-Bretanha, com 37.36 (recorde europeu), e do Japão, com 37.43 (recorde asiático).

Maratona - Disputada a um minuto para a meia noite de Doha, no sábado (5/10), Paulo Roberto de Almeida Paula foi o brasileiro mais bem colocado na maratona do Mundial de Atletismo. Na prova, realizada em circuito de 7 quilômetros montado na zona turística de Corniche, Paulo Roberto foi top 20 - terminou em 19º lugar, com o tempo de 2:15:09 para os 42,195 km da prova. Wellington Bezerra da Silva, o Cipó, ficou em 49º (2:21:49) e Vagner da Silva Noronha em 51º (2:26:11). Um total de 79 corredores largaram, mas apenas 55 concluíram, dentre eles os brasileiros.

Dois etíopes ficaram com as primeiras posições. Lelisa Desisa ganhou a medalha de ouro, com 2:10:40, sua melhor marca da temporada para a maratona. Desisa correu o tempo todo com o pelotão e definiu a prova com um sprint. O também etíope Mosinet Geremew (2:10:44) ficou com a medalha de prata e o queniano Amos Kipruto (2:10:51) com a de bronze.

A Caixa é a Patrocinadora Oficial do Atletismo Brasileiro.

IAAF classifica o Mundial de Doha como o melhor da história

Sebastian Coe justificou com números a afirmação: seis recordes do campeonato batidos, 43 países conquistaram medalhas, atletas de 68 nações alcançaram pelo menos um dos oito primeiros lugares, foram registrados 21 recordes de área e 86 recordes nacionais

Doha, Catar - Terminada a última etapa do Campeonato Mundial de Atletismo, no domingo (6/10), no Estádio Internacional de Doha, no Catar, o presidente da IAAF, Sebastian Coe, fez um balanço da competição e não temeu afirmar que "terminava o melhor Mundial da história em termos de qualidade e em desempenho dos atletas".

Para confirmar a afirmação, Coe usou números: seis recordes do campeonato foram quebrados, 43 países conquistaram medalhas e atletas de 68 nações alcançaram pelo menos um dos oito primeiros lugares nas finais. Foram registrados também 21 recordes de área (continentais) - o dobro do número de Londres-2017 - e 86 recordes nacionais foram quebrados.

"Quem segue nosso esporte de perto, sabe que classificamos nossos campeonatos pelas performances dos atletas", disse Coe. "É assim que nós, atletas e treinadores, medimos nosso sucesso. Os rankings de desempenho da competição são usados como uma medida objetiva da qualidade de uma competição internacional."

Com base nesses rankings de desempenho da IAAF, que leva em conta os cinco melhores resultados e atletas das 24 melhores provas, o Mundial de Doha está no topo da lista de todos os Campeonatos Mundiais já disputados.

1- Doha-2019 - 195.869 pontos
2- Pequim-2015 - 194.547
3- Londres-2017 - 193.426
4- Moscou-2013 - 192.664
5- Berlim-2009 - 191.168

Com base nas pontuações médias de todos os resultados de atletismo, as cinco principais edições são:

1- Doha-2019 - 1.024,75 pontos
2- Londres-2017 - 1.012,84
3- Sevilha-1999 - 1.007,98
4- Pequim-2015 - 1.004,78
5- Berlim-2009 - 1.004,55

Nos desempenhos individuais, em que as marcas obtidas são transformadas em pontos, três dos cinco melhores no masculino são do arremesso do peso, prova em que o brasileiro Darlan Romani ficou em quarto lugar. As classificações:

Masculino
Joe Kovacs (USA) - arremesso do peso - 22,91 m - 1.295 pontos
Tomas Walsh (NZL) - arremesso do peso - 22,90 m - 1.294
Ryan Crouser (USA) - arremesso de peso - 22,90 m - 1.294
Christian Coleman (USA) - 100 m - 9.76 - 1.291
Steve Gardiner (BAH) - 400 m - 43.48 - 1.289

Feminino
Malaika Mihambo (GER) - salto em distância - 7,30 m - 1.288
Salwa Eid Naser (BRN) - 400 m - 48.14 - 1.281
Shaunae Miller-Uibo (BAH) - 400 m - 48.37 - 1.272
Sifan Hassan (NED) - 1.500 m - 3:51.95 - 1.271
Katrina Johnson-Thompson (GBR) - heptatlo - 6.981 pontos - 1.269

Os Estados Unidos confirmaram a sua força e ganharam o Mundial tanto em número de medalhas como em pontos:

Medalhas
1-Estados Unidos - 29 (14 de ouro, 11 de prata e 4 de bronze)
2-Quênia - 11 (5, 2, 4)
3-Jamaica - 12 (3, 5, 4)
4-China - 9 (3, 3, 3)
5-Etiópia - 8 (2, 5, 1)

Pontos
1-Estados Unidos - 310
2-Quênia - 122
3-Jamaica - 115
4-China- 99
5-Etiópia - 83
15-Brasil - 25

A Caixa é a Patrocinadora Oficial do Atletismo Brasileiro.

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