A brasileira mais bem colocada na São Silvestre, Sueli Pereira, que terminou a corrida internacional na quarta colocação, foi pega no teste antidopagem realizada após a prova, que apontou uso de EPO, este blog apurou com uma fonte que teve acesso ao exame. EPO é um hormônio chamado Eritropoietina, que aumenta a oxigenação do sangue.
Foi a primeira vez que testes de EPO foram realizados na tradicional prova da São Silvestre, que neste ano viu ser aplicado um número recorde de 26 testes pela ABCD (Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem). Para uma prova de 15 quilômetros, como é o caso da São Silvestre, o teste de EPO pode ser considerado o mais importante.
A atleta tinha índice olímpico para participar da prova da maratona nos Jogos Olímpicos do Rio.
Teste antidopagem também apontou uso de EPO da parte de Sueli na Corrida de Reis, em Cuiabá, no último dia 10.
A atleta abriu mão de utilizar nos dois casos a prova “B'', que deve “bater'' com o resultado original para dirimir qualquer possibilidade de erro. A CBAt (Confederação Brasileira de Atletismo) foi notificada dos dois casos, como é de praxe.
A prova feminina da São Silvestre foi vencida pela etíope Ymer Wude Ayalew, com o tempo de 54min. Sueli terminou a prova 15 segundos depois. A brasileira com o segundo melhor tempo foi Joziane Cardoso, 54min22s.
À época da São Silvestre, o secretário nacional para a ABCD, Marco Aurelio Klein, dissera que o objetivo era mandar a mensagem de que as provas de rua passarão por um estrito controle antidoping, o que não acontecia anteriormente.
“Vamos combater com o máximo rigor o uso de EPO por atletas no Brasil, que põe em risco não apenas a integridade das provas, mas do bem-estar dos atletas'', disse Klein, ao ser questionado pelo blog sobre o combate à EPO.
Os exames foram realizados no Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem, antigo Ladetec.
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