quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Brasil Top-15

Matéria do site da lance 
Conversei nos últimos três dias com representantes da Grécia, China e Grã-Bretanha nos Jogos do Rio e na avaliação de todos o sonho de o Brasil terminar a Olimpíada entre os dez primeiros não é factível. Nunca foi.
Avaliam que podemos almejar no máximo ficar entre os 15 melhores.
No início da madrugada de hoje ocupávamos a décima sexta colocação, considerando o total de ouros. Enquanto ostentávamos três ouros, quatro pratas e quatro bronzes (pelo manhã veio mais um bronze na canoagem), os Estados Unidos lideravam com 92 medalhas, 30 de ouro, 32 de prata e 31 de bronze.
Grã-Bretanha, sede dos Jogos de 2012, e China, palco dos de 2008, brigavam e ainda brigam pela segunda colocação, ambas com 19 medalhas de ouro, mas os britânicos ganhavam nas de prata (19 a 15).
A Austrália, que aparecia no lugar desejado pelo Brasil (o décimo), tinha sete ouros, oito pratas e dez bronzes.
Já a Jamaica, que estava em décimo quinto, tinha seis medalhas, quatro de ouro e duas de bronze. Vinha atrás de Quênia e à frente do Brasil graças ao atletismo e a Usain Bolt.
Segundo britânicos, chineses e gregos, com a crise político-econômico do Brasil, o quadro deve piorar para os próximos anos, já que a tendência é a fuga de capitais públicos e o esporte olímpico no Brasil vive às custas do Estado.
Ou seja, devemos cair no ranking das medalhas em 202o, no Japão.
O próprio Comitê Olímpico do Brasil, apesar de ter iniciado a semana insistindo que seríamos top-10, já prepara um novo discurso em que vai insistir que melhoramos em esportes em que antes não tínhamos visibilidade, caso do polo, da esgrima e do tênis de mesa.
Mas que perdemos grande oportunidade para massificar a prática esportiva no Brasil perdemos. O que é uma pena.
A festa tem sido muito bonita até aqui, o Rio está lindo, mas o esporte como inclusão social segue um sonho distante da nossa juventude. Faltaram políticas públicas para o esporte, que deveriam estar atreladas à educação. Mas se pensarmos que nem política educacional o Brasil tem, como costumo repetir incansavelmente, aí a coisa complica de vez.

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