terça-feira, 16 de agosto de 2016

Thiago Braz faz prova brilhante e conquista medalha de ouro no salto com vara na Olimpíada do Rio

16|08|2016 - 11:23 | Benê Turco/Maiara Batista - Assessoria de Imprensa da CBAt
Rio de Janeiro - Thiago Braz faz parte agora do seleto grupo de atletas brasileiros campeões olímpicos. Ele juntou-se a Adhemar Ferreira da Silva(duas vezes), Joaquim Cruz e Maurren Maggi, que também subiram ao degrau mais alto do pódio. 
Fonte: CBAt

Nascido em Marília, em 16 de dezembro de 1993, o saltador começou a treinar Atletismo aos 14 anos. Antes, porém arriscou o basquete. Depois, mudou-se para Bragança Paulista e, algum tempo depois, para São Caetano do Sul, no Grande ABC. Hoje, vive e treina na Itália com Vitaly Petrov, especialista russo que orientou no passado o supercampeão Sergey Bubka e a recordista mundial da prova Yelena Isinbayeva. 

Já nas categorias de base, foi campeão mundial Sub-20 em Barcelona 2012 e medalha de prata nos Jogos Olímpicos da Juventude de Cingapura 2010, Thiago estava pronto para dar voos mais altos, agora na categoria adulta. 

Atleta da Orcampi Unimed, de Campinas, e casado com sua companheira de clube Ana Paula Caetano de Oliveira, do salto em altura, já detinha o recorde sul-americano ao ar livre com 5,92 m e em pista coberta com 5,93 m.

Nas últimas três temporadas sempre esteve entre os 10 melhores atletas do mundo do salto com vara. Este ano, passou várias semanas em treinamento na Alemanha, na Polônia e nos Estados Unidos, além do período final de preparação, em Natal (RN) ao lado de Petrov.

Na noite desta segunda-feira, Thiago fez uma prova perfeita. Começou a saltar em 5,65, marca que passou logo na primeira tentativa. Na altura seguinte precisou de dois saltos para superar os 5,75 m. Em 5,85 começava a decisão dos lugares no pódio e restavam cinco atletas na disputa. Thiago ultrapassou o sarrafo de primeira. No 5,93 m teve que saltar duas vezes e até então assegurava a medalha de prata. Por fim, restavam apenas Thiago e o francês Renaud Lavillenie, que liderava. 

Em uma decisão ousada Thiago decidiu não fazer os 5,98, marca que foi superada com facilidade pelo francês, e ir direito para os 6,03 m. Até então todas as metas já haviam sido atingidas. O saltador já era medalhista e superara o recorde sul-americano, mas não estava satisfeito. Em um momento histórico para o Atletismo brasileiro, e como todo o estádio apoiando, Thiago superou a marca e estabeleceu novo recorde olímpico. Lavillenie, campeão olímpico em Londres 2012 e recordista mundial com 6,16 m, não superou a barreira dos 6,03 e terminou com a medalha de prata. O bronze ficou com o norte-americano Sam Kendricks, com 5,85 m. 

"Passar pela barreira dos seis metros era uma meta que estávamos buscando há algum tempo. Quando fiz 5,93 e vi que já tinha conquista a prata fiquei muito satisfeito, mas sentia que não tinha acabado ainda. Falei com o meu treinador e ele pediu que passasse para 6,03 m, que também era uma vontade que eu tinha naquele momento. Todos os ajustes que fizemos nos postes e nas marcas foram perfeitos. Não consegui na primeira tentativa, mas foi mais um ajuste, para saltar pra valer no segundo", disse Thiago.

"Sabia que seria uma pressão muito grande, mas meu treinador me preparou muito bem nesses últimos anos, para que eu soubesse líder com qualquer tipo de acontecimento durante a prova, então tudo que a gente planejou deu certo hoje, e nem o fato da prova ser interrompida por conta da chuva me atrapalhou", prosseguiu. "A torcida me ajudou muito, é um prazer muito grande competir no meu País. Espero que a minha conquista incentive as crianças a praticar esporte, não só salto com vara, mas o Atletismo de uma forma geral. Agradeço muito todo apoio que recebi, da minha família, de todos os meu patrocinadores".

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