Para ele, no entanto, concentrar-se na Olimpíada é tudo que importa. E isso só é possível vivendo no alojamento, onde limpa banheiros, cuida do jardim e prepara o jantar. Tais tarefas são compartilhadas entre todos que moram no local, sejam eles garotos, adultos sem patrocínio ou nomes consagrados como ele.
“Permaneço no centro de treinamento porque isso me traz a memória de estar motivado. O mais difícil é ficar longe dos meus filhos, já que eles sempre querem ficar comigo”, contou Kipchoge à Runners World, lembrando que é casado e tem três filhos. “Mas no centro de treino nós compartilhamos ideias e eu ainda mostro algumas coisas para os jovens”.
O queniano acorda ainda de madrugada e antes das 5h sai para fazer seu primeiro treino. Na volta, toma banho, vai para o café da manhã e em seguida recebe a tarefa do dia, que cumpre sem reclamar, com a Olimpíada em mente. Descansa depois do almoço e à tarde encara a segunda parte do treino.
Kpichoge busca no Rio um ouro inédito. Ele já tem duas medalhas olímpicas: um bronze em Atenas-2004 e uma prata em Pequim-2008, ambas nos 5.000m. Também já foi campeão e vice em Mundiais. Mas ainda falta o ouro olímpico.
“Quero muito essa medalha. É a única que falta na minha carreira. Significa mais que tudo”, resumiu ele. O melhor tempo do ano, que quase lhe rendeu o recorde mundial, foi registrado em abril. E tudo indica que preparação e concentração não faltaram para ele desde então.
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